segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Adolescente estuprado dentro da GPCA

Um adolescente de 17 anos foi estuprado e agredido dentro de uma das celas da Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), no bairro da Boa Vista, na madrugada de ontem. O acusado, de 16 anos, também estava detido no local. O crime só foi descoberto quase 24 horas depois de ocorrido, porque um agente socioeducativo da Unidade de Atendimento Inicial (Uniai) percebeu que a orelha da vítima estava machucada e perguntou o motivo. Nesse momento, o menor revelou detalhes do estupro.

O delegado do plantão, Antônio de Campos, confirmou que os agentes não perceberam o que estava acontecendo na cela. “Testemunhas nos relataram que o jovem não gritou por socorro, por isso os policiais não tiveram como saber na hora. Não ficamos o dia inteiro fiscalizando as celas, fazemos apenas rondas periódicas. Ninguém espera que uma coisa dessas aconteça aqui”, comentou.

Mesmo tendo negado, inicialmente, o abuso, a vítima, que apresentava a orelha marcada por uma mordida e alguns hematomas pelo corpo, confessou ter sido violentada. “Assim que entrei, ele perguntou de onde eu era. Depois já veio falando que eu iria fazer sexo oral e anal com ele. Disse que eu era homem e que não faria aquilo, mas ele começou a me bater e eu não tive como impedir por muito tempo”, contou.

Além dos envolvidos no crime, outros três adolescentes dividiam o mesmo espaço. Um deles, amigo do mais novo, teria incentivado as agressões. “Acredito que o menino não teve como resistir ao ataque. A pressão deve ter sido muito grande”, comentou Campos, que solicitou um exame sexológico para confirmar a consumação do ato sexual. “Independentemente de ter havido penetração, o ato libidinoso ou a tentativa também se enquadram criminalmente da mesma maneira. O artigo 213 do Código Penal vigente considera tudo isso como estupro”, explicou.

A vítima havia sido detida com cerca de 40 papelotes de maconha, no bairro de San Martin. O agressor já estava cumprindo pena na Fundação de Atendimento Socioeducativa (Funase), de Abreu e Lima, quando foi flagrado comercializando mais de 100 papelotes da droga.

De acordo com o delegado, o jovem de 16 anos vai acumular os delitos de tráfico de drogas e estupro à pena que já possuía.

FONTE JC ONLINE

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